De regresso ao franchising Black Ops, a Activision presenteia-nos com mais um jogo recheado de ação. Black Ops Cold War segue a linha dos seus antecessores contando com os tradicionais modos de multijogador online e Zombies, bem como uma campanha que tenta apostar em algo mais do que um simples shoot’em up passado durante os tempos da guerra fria.
Antes de começarmos a análise propriamente dita, é importante referir que este jogo foi testado numa PS4. Não pudemos por isso experimentar uma das grandes inovações do jogo que é a utilização dos botões de disparo do novo comando DualSense.
Com o novo comando da PS5 será possível ter sensações de disparo diferentes consoante a arma que estamos a usar. Tal é possível devido à funcionalidade botões adaptativos que o novo comando nos oferece.
Como vem sido habitual a espaço ocupado pelo jogo é considerável (cerca de 100GB). Felizmente que desta vez é possível escolher qual dos modos de jogo pretendemos ter instalados, podendo-nos cingir apenas ao modo multijogador por exemplo. Uma pequena alteração mas que faz toda a diferença, e que os nossos discos de armazenamento irão certamente apreciar.
Relativamente aos modos de jogo, Black Ops Cold War conta com três grandes modos:
- Multijogador
- Zombies
- Campanha
Vamos tentar analisar estes diferentes modos individualmente, pois embora a mecânica de jogo seja semelhante, cada um conta com características distintas.
Modo Campanha de Black Ops Cold War
O modo de campanha de CoD Black Ops Cold War traz-nos algumas novidades como a existência de fins alternativos e um maior enfâse na caracterização de personagens.
Quando começamos o jogo é-nos dada a hipótese de personalizarmos o nosso personagem, podendo dar-lhe um nome (apesar de sermos sempre tratados por Bell durante o desenrolar do jogo), definir o género e o nosso historial. O nosso historial (MI6, FBI ou CIA) vai influenciar os diálogos durante o jogo. Outras das opções que podemos definir é o nosso perfil psicológico, que nos trará alguns boosts de habilidades, semelhante aos perks.
O desenrolar desta campanha situa-se na década de 80, em plena guerra fria. Fazemos parte de uma equipa de Black Ops com o intuito de perseguir a ameaça soviética na forma de uma pessoa: Perseus.
A nossa equipa conta com alguns elementos conhecidos como Woods e Maison (Black Ops) mas a estrela é Russel Adler, um operativo da CIA que lidera a perseguição de Perseus.
Some of us will cross the line, to make sure the line’s still there in the morning.
Russel Adler – CoD Black Ops Cold War
Um dos novos elementos acrescentados a este modo foi a inclusão de enigmas. Com o desenrolar das missões deveremos apanhar provas. Estas provas serão essenciais para desvendar as cifras / enigmas que nos são apresentados em duas missões específicas. A nossa capacidade de conseguir adquirir as provas, juntamente com a nossa capacidade de resolver os puzzles ditará o sucesso dessas missões.
Os itens que servem de prova são facilmente localizáveis no decorrer das missões, e os puzzles são minimamente desafiantes.
Outra diferença em relação aos títulos anteriores é a caracterização de personagens. Entre missões vamos para a nossa base, onde podemos estabelecer diálogos com os elementos da nossa equipa, ganhando um pouco de historial para cada elemento da equipa.
A jogabilidade em si não apresenta nada de muito inovador. As armas são as mesmas que em títulos anteriores e a jogabilidade mantém-se bastante inalterada.
Existe, no entanto, situações que merecem ser destacadas, como numa dada altura nas selvas do Vietnam onde comandamos um helicóptero ou uma missão situada na sede do KGB onde temos de planear a abordagem que queremos ter, visto estarmos na pele de um agente infiltrado e ao contrário do que é costume, não podemos entrar a matar.
Não sendo o foco do jogo, o modo campanha é um agradável entretenimento. Embora curta (5-6 horas de duração) Black Ops Cold War apresenta-nos uma história interessante e cativante. As consequências das nossas ações para o desfecho do jogo é um maiores pontos de destaque que mais apreciámos e uma lufada de ar fresco na série.
O multijogador de Black Ops Cold War
Um dos grandes modos deste franchising é sem dúvida a sua componente multiplayer online, recheada de diferentes modos que permitem alguma variedade dentro do género FPS (First Person Shooter).
Mais uma vez temos um modo online extremamente fluído, com uma framerate impressionante, principalmente tendo sido jogado numa PS4 Pro.
A pouca variedade de mapas (apenas 8 aquando do lançamento) aliado à simplicidade dos mesmos, com a poucas exceções são um ponto negativo a ter em conta.
Não existem grandes novidades em relação à variedade de armas. Todas as armas apresentadas neste jogo já haviam aparecido em títulos anteriores da série Call of Duty, e embora sejam divertidas de usar não acrescentam nada de novo, pelo menos se jogarmos numa PS4.
Antes de cada jogo podemos escolher que armas pretendemos levar. Embora exista uma variedade grande, existe claramente duas ou três armas que serão as de eleição de quase todos os jogadores destes modos online.
Com o progredir do jogo, ganhamos mais XP (pontos de experiência) que se traduzem em novas armas e modificações que podem ser usados.
A existência de ataques aéreos são uma constante nestes jogos, e são demasiado poderosos, sendo frustrante estar constantemente a ser bombardeado. Os helicópteros ou tanques também marcam presença e são igualmente difíceis de abater.
A jogabilidade é um pouco mais arcada quando comparada com títulos anteriores, e em alguns mapas continuam a existir localizações perfeitas para os jogadores que gostam de acampar com uma sniper.
Os gráficos continuam bastante consistentes neste modo, com vários mapas por onde optar. Podemos combater em Miami, Moscovo, Berlin, num total de 8 mapas disponíveis (à data de lançamento).
Em relação aos modos de jogo temos vários tipos diferentes:
- Team Death Match – Modo tradicional cujo objetivo é matar o máximo de adversários até atingir o objetivo definido.
- Kill Confirmed – Semelhante ao Team Death Match, este modo conta com a singularidade de termos de apanhar as tags (medalhas com a inscrição do nome) para somar pontos, ou retirar tags capturadas ao adversário.
- Free For All – Todos contra todos e no final ganha quem tiver conseguido o maior número de mortes.
- Search & Destroy – Nestas rondas é necessário explodir (ou evitar que isso aconteça) uma bomba. Para tal a equipa que ataca tem de plantar e detonar a bomba num dado período de tempo. Neste modo de jogo não existe rewspanws.
- Domination – Neste modo existem três pontos no mapa (A,B,C) que tem de ser conquistados/defendidos da equipa inimiga. Quem conseguir chegar primeiro aos 200 pontos é a vencedora.
- HardPoint – Semelhante ao modo Domination mas onde a área da objetiva é dinâmica, e está constantemente a mudar a localização no mapa.
- Control – O regresso de modo de jogo introduz-nos o objetivo de conquistar (ou defender) 2 pontos no mapa. A equipa que ataca tem um minuto e meio para conseguir conquistar ambos os pontos.
- Vip Escort – Neste novo modo de jogo um jogador aleatório de uma das equipas é um VIP que precisa de ser extraído. Cabe à equipa desse jogador protegê-lo das investidas da equipa adversária, cuja missão é impedir que isso aconteça.
- Fireteam: Dirty Bomb – Modo que pode contar até 40 divididos em equipas de 4 e cujo o objetivo é localizar as bombas, juntamente com as caches de urânio. Se as bombas explodirem a área fica contaminada com radiação, sendo necessário trocar rapidamente de localização.
- Combined Arms: Assault – 12 Vs 12 num modo semelhante a Domination. A grande diferença é que vence quem conseguir controlar todas as zonas referenciadas no mapa.
Podemos entrar em lobbies já existentes, ou criar o nosso próprio lobby podendo definir as condições de vitória, respawn, entre outras opções.
Existe outro modo VS Bots onde podemos treinar um pouco, podendo mudar a dificuldade dos bots consoante o nosso nível.
Modo Zombies é um visitante habitual de Black Ops
Não sendo uma novidade em relação a títulos anteriores, este modo é bastante apreciado por um nicho de jogadores, e que encontra nesta nova versão algumas melhorias.
Em Black Ops Cold War contámos com três modos distintos. O modo Arcade, a relembrar os anos 80/90, o modo OnSlaughter e o modo tradicional de matança de Zombies.
A introdução do modo Arcade é uma adição interessante ao jogo. A jogabilidade é típica dos anos 80/90 sendo bastante simplista.
Trata-se de um modo 2D onde juntamente com outras três pessoas combatemos hordas de zombies com rajadas infinitas de balas.
Embora se trate de um modo divertido, será dificilmente algo que será jogado frequentemente. É uma adição simpática, mas que rapidamente cairá no esquecimento.
Outro dos modos presentes é o Onslaughter mode. Neste modo combatemos zombies dentro de um dos mapas existentes no modo multijogador juntamente com outro jogador.
Este modo parece um pouco a mistura do conceito de Battle Royale com zombies à mistura. Existe um círculo no mapa onde podemos estar a combater zombies sem sofrer dano. Se sairmos desse círculo começamos a perder vida, semelhante ao que acontece nos jogos de Battle Royale.
Por fim a modo tradicional de Zombies onde temos de sobreviver o máximo possível às raids de Zombies que vão aparecendo.
Neste modo contamos com a cooperação de mais três jogadores numa luta pela sobrevivência.
Embora possamos escolher as armas com as quais começamos o jogo, podemos ir fazendo upgrades às armas, aumentando a vida, entre outras opções durante o decorrer do jogo.
Uma das vantagens da versão deste ano é a introdução de skills. Algumas delas poderão ser bastante úteis durante o combate.
Aquando do lançamento apenas estava disponível um mapa neste modo de jogo, que embora este seja bastante extenso conta com portais que nos levam para outra dimensão.
