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The Last of Us Parte 1 (PC) – Análise

A primeira parte de Last of Us chegou ao PC no dia 28 de Março 2023, numa versão remastered. Este aclamado jogo com análises fantásticas, inclusive por nossa parte no entanto não teve o melhor lançamento no PC, sofrendo de críticas muito árduas.

Nesta versão de Last of Us Part 1, os jogadores terão a mesma essência de jogo que na PlayStation 5, inclusive o DLC Left Behind que explora os eventos marcantes entre a vida da Ellie e a sua melhor amiga Riley antes dos eventos do primeiro jogo.

Afinal o que aconteceu?

Este port foi feito pela equipa da Iron Galaxy e os fãs já estavam um pouco de pé atrás dado o histórico de maus lançamentos que fizeram como o do Batman Arkham Knight e Uncharted: Legacy of Thieves Collection. Juntando isso ao hype da série que estava a sair na Netflix, foi receita para um lançamento apressado e desastroso.

Para contexto daqui em diante, este jogo foi testado e jogado na nossa máquina com as seguintes características:

  • CPU: AMD Ryzen 7 5800X
  • GPU: RTX 3080 (10GB)
  • RAM: 32 GB
  • Disco: NVMe de 1TB

O jogo em si, com mais de 80 GB, demorou em média na nossa máquina 30 minutos a ser instalado, num disco NVMe. Após a instalação, uma vez no menu, tivemos que esperar 45 minutos para os shaders serem compilados.

TLOU1 Settings

Depois de uma longa espera, o jogo constantemente deixára de responder, ao ponto de nem 5 minutos de jogo se conseguir jogar. Isto tudo numa máquina que consideramos bastante recente, portanto em hardware que tenha alguns anos, os tempos de espera serão consideravelmente maiores.

O tempo de resposta não foi o melhor: foram necessários 2 dias até algum tipo de patch ser lançado e mesmo quando o patch foi lançado, tinha que ser feito uma nova recompilação dos shaders, querendo isto dizer que tínhamos que esperar mais 45 minutos, cada vez que era feito um patch. Para além disto, cada patch tinha em média 50 GB, sendo o último que saiu à data desta análise, no dia 9 de Maio, um total de 47,5 GB.

Desempenho e Qualidade

Como todos os ports que têm sido feitos recentemente, podem contar com as mais recentes tecnologias de desempenho, como o NVIDIA DLSS3 e com AMD FSR 2.2. Contudo no estado atual do jogo, se ligarmos alguma destas configurações, irão ter muito mais quebras e o jogo a fechar-se para o Windows, do que se os tiverem desligados.

Esta tecnologia é para os GPUs GeForce RTX 30 e 40 Series e combina DLSS Super Resolution, DLSS Frame Generation e NVIDIA Reflex para aumentarem ainda mais os vossos FPS. No caso de Last of Us Part 1, existe de facto algum boostnos FPS, mas por outro lado, a frequência de crashes é muito maior.

Para obterem um bom equilíbrio entre desempenho e qualidade, terão que perder algum tempo a baixarem alguns aspectos e a aumentarem outros. Contudo, Last of Us Part 1, oferece-nos uma imensidão de parâmetros configuráveis que pudemos controlar à medida da nossa máquina:

Segundo a Sony, para conseguirem correr este jogo a 1080p 60 FPS, recomendam o seguinte hardware:

  • Graphic settings: High
  • GPU: AMD Radeon RX 5700 XT (8GB), AMD Radeon RX 6600 XT (8 GB), NVIDIA GeForce RTX 2070 Super (8 GB) or NVIDIA GeForce RTX 3060 (8 GB)
  • CPU: AMD Ryzen 5 3600X or Intel Core i7-8700
  • RAM: 16 GB
  • OS: Windows 10 64-bit (version 1909 or newer)
  • Storage: 100 GB SSD

Contudo, pela nossa experiencia, vão precisar de:

  • GPU: AMD Radeon RX 7900 XTX or NVIDIA GeForce RTX 3070
  • CPU: AMD Ryzen 5 3600X or Intel Core i7-8700
  • RAM: 32 GB
  • OS: Windows 10 64-bit (version 1909 or newer)
  • Storage: 100 GB SSD

Para os restantes perfis, o recomendado pela Sony é:

TLOU1 Requisitos

Então e a Steam Deck?

Honestamente, não recomendamos jogar este jogo na Steam Deck. Apenas conseguirão jogar no mínimo (720p a menos de 30 fps) e mesmo neste patamar, a vossa Steam Deck vai aquecer tanto que vai esgotar a bateria em menos de 30 minutos.

Para além disso, não conseguem apreciar a verdadeira beleza e grafismo que este jogo podia oferecer-vos. A própria Steam também não o aconselha:

TLOU1 Steam

Ultrapassando todas as barreiras!

Mesmo a remar contra a maré, nestes últimos tempos temos sido premiados com várias actualizações e segundo as discussões, o jogo está cada vez mais estável.

Conseguimos ainda assim usufruir bastante do que The Last of Us Parte 1 tem para oferecer, mas os constantes crashes fizeram com que a experiência não tenha sido nada agradável.

A verdade é que o jogo visualmente no PC, está deslumbrante e a história (como referido na nossa análise nas consolas), uma das melhores dos últimos anos, portanto só podemos esperar que realmente consigam dar a volta a este lançamento terrível.

TLOU1 PC

Se tiverem um PC para correrem esta obra de arte, o nosso conselho é esperarem mais um pouco pelo aumento da estabilidade do jogo. Acompanhem as discussões que há na página da Steam e quando chegar a altura e de uma estabilidade de um jogo digno de um Triple-A, deem a vossa atenção a este grande título.

A integração do teclado e rato

The Last of Us Parte 1, está adaptado a jogar-se com rato e teclado, contudo não o aconselhamos. Até à desta análise, quando se joga com rato e teclado, existe imenso input lag, fazendo com que tenham uma dificuldade acrescida para acertarem no quer que seja.

O jogo oferece um bom aim assist, o que ajuda imenso a ultrapassar o problema acima mencionado, mas claramente que foi feito a pensar na sua origem: jogar com comando.

Para quem tem periféricos RGB, existe a opção e suporte RGB para periféricos Razer Chroma e dispositivos compatíveis com Chroma Link, bem como para modelos Logitech, como o teclado G512.

Podem também aperciar o feedback tátil e trigger effects dinâmicos projectados especialmente para este jogo, se jogarem com um comando DualSense por meio de fio ao PC.

Notas finais

Após um dos piores lançamentos da história dos ports para PC, tem havido uma constante vontade por parte da Naughty Dog de colocar o jogo no patamar que ele merece.

O jogo não foi abandonado e cada vez mais pessoas estão a conseguir terminar o jogo, de uma maneira ou de outra.

Na nossa experiência, o jogo não deveria de ter sido já lançado, mas percebe-se que não queriam perder o hype gerado pela série da Netflix e isto saiu-lhes caro.

Se estão dispostos a enfrentar um batalhão de bugs, crashes e más optimizações, então o jogo é para vocês. Para aqueles que querem realmente viver o verdadeiro The Last of Us Part 1, aconselhamos vivamente a esperar por mais uns patches ou a jogarem numa consola.

Conseguem arranjar soluções mais arriscadas pela internet fora, mas o nosso conselho é esperarem para já.

Este é daqueles jogos que deve ser jogado no seu esplendor, com os grafismos e a jogabilidade que nos apresentam nos trailers.

O pouco da nota que damos, é devido ao facto do apoio que o jogo tem recebido e de, quando este funciona como é esperado, o que é extremamente raro, temos um vislumbre do potencial que pode trazer aos jogadores. O lançamento tardio desta análise vai de encontro à nossa espera pelas correções de forma a dar uma opinião mais definitiva de uma versão verdadeiramente estável (que acabou por ainda não chegar).

Obrigado ao Eduardo Correia por mais uma opinião PC.

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Positivo
Quando funcionam, os visuais são deslumbrantes
RGB mapping para os perifericos que estão preparados
Jogo e DLC num só bundle
A melhorar
Praticamente o port inteiro é injogável
Patches com tamanhos do jogo inteiro
Compilação de shaders que demoram mais que 30 minutos, cada vez que há uma nova patch
Um lançamento apressado que não faz justiça à saga The Last of Us
3

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