MK 1 Destaque

Mortal Kombat 1 – Análise

MK 1 Capa
Release Date
19 Setembro, 2023
Estúdio
NetherRealm Studios
Género
Luta
Plataformas
PS5, XSX|S, Switch e PC

Mortal Kombat 1 está de volta para litros de sangue e muita violência e consigo traz um novo reset aos acontecimentos, lançando uma nova narrativa: fiquem com a nossa opinião e preparem-se! Get over here! 🦂

Mortal Kombat 1 é um jogo de luta desenvolvido pela NetherRealm Studios e publicado pela Warner Bros. Games.

É o décimo segundo jogo principal da série Mortal Kombat e em termos temporais acontece depois dos eventos de Mortal Kombat 11 (2019) e é o segundo reboot da série, depois de Mortal Kombat (2011).

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Vamos tentar de novo?

Seguindo a tendência actual dos multiversos e as diferentes linhas temporais, tudo começa quando Liu Kang, o agora, Deus do Fogo, depois de no passado ter assumido o controlo da Hourglass (Ampulheta do Tempo), decide criar uma nova linha do tempo fazendo com que os vilões passem a ter profissões banais e sem a presença dos seus poderes ou intenções maléficas. Tudo foi reescrito de forma a que houvesse paz nos diferentes mundos, Earthrealm e Outworld e assim foi durante décadas até que um evento inesperado recupera caras familiares e lança o caos em ambos os mundos.

Em apenas uma década, Mortal Kombat reformulou a sua linha do tempo por duas vezes, a primeira por Raiden (2011) e agora foi a vez de Liu Kang tentar a sua sorte.

Quando falamos de um jogo de luta, não esperamos que o foco seja na campanha mas a verdade é que Mortal Kombat 1 veio revolucionar esta opinião. Estes reboots permitem à NetherRealm trabalhar de forma diferente a abordagem com que prepara a narrativa e com isto permite que os próximos jogos sigam um caminho diferente.

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Em Mortal Kombat 1, vão ficar completamente agarrados à campanha. Não só porque visualmente é impressionante, com modelos extremamente detalhados mas a própria história tem as suas reviravoltas habituais pelo caminho e vão querer sempre fazer mais um capítulo assim que terminem o actual.

Não sendo demasiado longa, está na duração perfeita (cerca de 6h a contar com as sequências de vídeo). Ao todo são 15 capítulos, cada um deles com um personagem diferença no nosso controlo.

Liu Kang começa por juntar a sua equipa de lutadores para o habitual Mortal Kombat: Earthrealm vs Outworld. E desta vez não há violência excessiva nem mortes, ambos os mundos lutam sem chegar a esse extremo e no final sai um vencedor e a paz reina entre ambos.

A história deve ser o vosso ponto de partida em Mortal Kombat 1 (vá, depois de passarem pelo Practice) porque vai levar-vos a conhecer grande parte do elenco de lutadores bem como a utilização dos kameos que os acompanham nos combates. Com isto ficam a conhecer também os diferentes cenários e pelo caminho a desbloquear items e combinações nos lutadores à medida que estes sobem de nível.

Ao alcance de todos os jogadores

Assim que premimos X para começar a jogar, somos introduzidos a um tutorial que explica como funcionam as diferentes mecânicas e como podemos estudar e aperfeiçoar as combos. E a verdade é que Mortal Kombat 1 oferece combinações acessíveis a todos os jogadores e outras mais complexas claro, especialmente quando tentamos dar seguimento a combo atrás de combo. Existem ainda atalhos para fazer as Fatalities ou Brutalities com pouco ou nenhum esforço, ao contrário do que acontecia há 20 anos atrás em que precisávamos de decorar longas listas de combinações para uma simples Fatality.

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A jogabilidade acaba por ser o que esperamos num jogo do género: simples e divertida com muito gore à mistura. Cada soco ou pontapé fazem sentir-se e os combates conseguem ser tão imersivos como brutais.

Com o passar do tempo vamos acabar por preferir um tipo de lutador com o qual nos identifiquemos mais bem como um ou dois kameos preferidos. E o que são estes kameos perguntam vocês.

Fiquem com a lista de lutadores sendo que é esperada a chegada de mais lutadores no futuro através de DLC como Peacemaker, Homelander e Omni-Man.

  • Ashrah
  • Baraka
  • Ermac
  • General Shao
  • Geras
  • Havik
  • Homelander
  • Johnny Cage
  • Kenshi
  • Kitana
  • Kung Lao
  • Li Mei
  • Liu Kang
  • Mileena
  • Nitara
  • Omni-Man
  • Peacemaker
  • Quan Chi
  • Raiden
  • Rain
  • Reiko
  • Reptile
  • Scorpion
  • Shang Tsung (disponível apenas para quem fez a pré-reserva ou comprou em loja enquanto houver stock deste DLC, depois disso, apenas digitalmente)
  • Sindel
  • Smoke
  • Sub-Zero
  • Takeda
  • Tanya

Os kameos são uma das novidades em relação ao seu antecessor

Infelizmente nem todos os lutadores estão disponíveis para o nosso controlo, como por exemplo um favorito de infância: Stryker. Ao todo são 15 kameos disponíveis e a sua funcionalidade é muito simples: premindo apenas um botão conseguem chamar o vosso kameo e este dá (ou tira) uma mãozinha no combate. É claro que existe um tempo para o seu regresso mas acaba por ser uma peça fundamental nos combates e uma forma de alongar ainda mais combinações sendo que algumas podem ser emparelhadas com combos dos kameos. E não se resumem apenas ao combate em si, cada kameo tem também o seu conjunto e participação em Brutalities e Fatalities.

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Kameos disponíveis em Mortal Kombat 1:

  • Darrius
  • Sareena
  • Cyrax
  • Kano
  • Sonya Blade
  • Sektor
  • Frost
  • Jax Briggs
  • Stryker
  • Scorpion
  • Sub-Zero
  • Kung Lao
  • Shujinko
  • Motaro
  • Goro

Visualmente impressionante e violento

A nossa primeira impressão quando começámos a jogar Mortal Kombat 1 foi: “f***-**! Isto está lindo!”. E sim, Mortal Kombat 1 está visualmente incrível e parece ter atingido o patamar máximo visual da actual geração de consolas. As sequências de vídeo estão realistas com as expressões faciais e diálogos perfeitamente captados e a transição entre sequência de vídeo e jogabilidade está tão suave e discreta que facilmente passa despercebida ao nosso olhar.

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A NetheRealm fez um trabalho excelente neste campo, não só nos lutadores como nos cenários disponíveis. Escusado será dizer que o jogo corre a 60 fps (na PS5) e nunca teve qualquer paragem durante os combates. No entanto, durante algumas sequências de vídeo, sentiu-se uma ou outra vez um ligeiro soluço mas muito discreto e nunca estragando a experiência de jogo.

Fica também o aviso claro de que este jogo não é aconselhável a pessoas que não lidem bem com violência uma vez que (especialmente) as Fatalities conseguem ser muito explícitar e a roçar um limite do gore que ficamos a olhar para o jogo e a dizer: “como é que alguém conseguiu pensar nisto?”.

Agora que esta violência toda é divertida de ver? É! E algumas fatalities ou brutalities conseguem ter a sua pinga de humor com violência, um cocktail diferente!

Invasions é a outra novidade

Se em Morta Kombat 11 tivemos Krypt como outro modo de jogo, em Mortal Kombat 1 passámos a ter Invasions. Apesar de algumas semelhanças, este modo de jogo coloca-nos numa missão para chegar a um End Boss através dos vários mundos disponíveis no jogo através de um formato de jogo em tabuleiro.

O objectivo acaba por ser avançar casa a casa e em cada casa ou partir para um combate ou completar um desafio. E é isto ao longo dos vários mundos. Pelo caminho vamos apanhando items que podem ajudar, aumentando o nível do nosso personagem (e kameo) e lutar em cenários com modificadores que prometem desafiar-nos ao limite.

Em Invasions, a NetherRealm preparou um modo de jogo por temporadas (para apenas um jogador) sendo que neste momento está a decorrer a primeira temporada e tem uma duração de cerca de 50 dias. Ao final deste período, os mapas vão mudar bem como os inimigos e boss final não esquecendo claro as recompensas.

Este viciante modo de jogo vai extender o conteúdo a mais 6 horas de jogo e prender muitos jogadores à cadeira que só vão “querer fazer mais um combate”. É que em Invasions, nem tudo se limita a combates, alguns deles possuem até enigmas que nos obrigam a explorar e perceber como os ultrapassar.

Sendo um modo de jogo que funciona por temporadas, no final de cada combate recebemos uma créditos que podem ser trocados por objectos e roupas exclusivas a esta temporada.

O único contra neste modo de jogo é que fica no ar uma sensação de ter sido algo apressado a sair com pormenores simples a não serem resolvidos como por exemplo: ausência de um mapa para navegar nos mundos, melhor gestão do inventário (muito limitativo), mais modos de jogo e desafios para aumentar a diversidade e problemas com a câmera enquanto navegamos entre as diferentes casas; por vezes fica frustrante escolher a direção.

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O velhinho modo de jogo Towers também está presente mas este não tinha como falhar: aqui podemos escolher qual a torre que queremos aventurar-nos e escalar nível a nível até ao topo.

Online só para os mais corajosos

Para efeitos de análise fomos aventurar-nos no online e depressa fugir e ir chorar para um canto da casa. É incrível ver os jogadores que há pelo mundo fora e a qualidade com que jogam.

Infelizmente ainda não temos muitos modos de jogo disponíveis para o online, resumindo-se a Kasual Versus onde lutamos contra um desconhecido (ou amigo) mas sem pontuações associadas, Kombat League que é semelhante mas com pontuação a contribuir para um ranking e King of the Hill onde até 8 jogadores podem lutar e observar 2.

De momento ainda não existe crossplay por isso não temos como jogar com pessoas de outras consolas ou PC mas é esperado que no futuro isto seja ultrapassado.

Mais uma vez, sentimos que houve aqui alguma pressa nesta componente de MK1 e é uma das partes do jogo que fica atrás da concorrência onde o online foi muito melhor explorado e desenvolvido.

Para os amantes de troféus: platina pode ser fácil

Se como nós, gostam de completar os jogos todos a 100% e atingir aquele saboroso troféu de platina, então fiquem descansados: Mortal Kombat 1 é um forte candidato a platina acessível a todos. Ao simplesmente jogarem sem grande preocupação, conseguem 90% dos troféus sendo que os restantes vão exigir algum grind (ganhar mastery com 5 kameos pode levar 10-50h) e falta ainda conhecer um troféu que de momento não dá para ganhar, relacionado com a participação no combate contra um Titan – até à data de escrita da análise, ainda ninguém descobriu como o ganhar.

Mortal Kombat 1: no caminho para ser O jogo de luta da geração

Em termos de jogos de luta: é um passo à frente especialmente no campo visual e no modo campanha mas infelizmente um passo que fica curto nas outras direções. Acreditamos que Mortal Kombat 1 é aquele jogo que se ficasse mais 6 meses no forno, saíria muito mais completo mas tendo saído agora, sofre de alguma falta de conteúdo.

Continua a ser um excelente jogo de luta e obrigatório para todos os fãs do género ou aqueles que até procuram ter um jogo em casa para uma partida com amigos. É rápido, é brutal, é divertido e é super viciante.

Mas a ausência de mais personagens, mais variedade nos modos de jogo, melhor polimento do Invasions deixam-no a roçar a perfeição que akreditamos do nosso fundo do coração que vai chegar no futuro.

MK 1 Destaque
Positivo
Visuais impressionantes
Gore consegue ser não só violento mas divertido
Modo campanha agarra-nos até ao fim
Fluidez e combinações fáceis e acessíveis
A melhorar
Invasions precisava de mais tempo e variedade
Mais aposta no Online
Mais lutadores disponíveis no dia 1
8

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