Monster Hunter Wilds é o mais recente título da Capcom que nos faz regressar a um franchising com mais de vinte anos e que nos oferece um jogo mais acessível e com mecânicas simplificadas que convida novos e antigos jogadores a participar em mais uma grande caçada de monstros.
Índice
- (Introdução) Onde tudo começou
- (Início) Terras Proibidas
- (Jogabilidade) Desafiante para uns, acessível para outros
- (Jogabilidade) Afiem as armas
- (Jogabilidade) Foco nas feridas abertas
- (Gráficos) Mundo vasto e belo
Onde tudo começou
Para os mais distraídos, o franchising de Monster Hunter começou em 2004, com o lançamento do primeiro título – Monster Hunter, para a já velhinha Playstation 2 tendo rapidamente conquistado uma legião de fãs, que com alguns altos e baixos, viram nos recentes Monster Hunter World (2018) e Monster Hunter Rise (2021) os títulos de maior sucesso devido à introdução de novas mecânicas e mapas sem loading screens que melhoraram em muito a experiência do jogo.
Não será surpresa para ninguém quando dizemos que as expectativas para este novo título eram grandes. É com grande satisfação (e alívio) que afirmamos que Monster Hunter Wilds vai de encontro a todas as expectativas dos jogadores….ou quase todos.

Terras Proibidas
Na sua essência, Monster Hunter Wilds é um jogo relativamente simples e básico. Trata-se de um RPG de ação cujo único objetivo reside em caçar monstros gigantes. No entanto, apesar do conceito parecer básico, a execução tem bem mais que se lhe diga. Existem várias armas, builds, poções, armadilhas, enfim, uma panóplia de opções que oferecem ao jogador diversas maneiras de abordar cada batalha, não existindo uma maneira certa ou errada.
Uma das grandes novidades deste título relativamente aos jogos anteriores foi a ênfase dada à narrativa. Após cada batalha relevamos um pouco mais da história e do objetivo pelo qual lutávamos monstro atrás de monstro. Sem dúvida que é um fator de destaque e diferenciador dos títulos anteriores, no entanto, não deixamos de sentir que parte da história, principalmente em alguns diálogos, se arrastaram em demasia, fazendo-nos por vezes “desligar” dos diálogos que decorriam.
Felizmente que isso não foi uma constante, e existem interações dinâmicas e interessantes com algumas personagens melhor caracterizadas. Os destaques têm de ir para a nossa engenheira Gemma e a nossa companheira de viagem e lutas, Alma que com as suas características conseguem, até certo ponto, reconquistar a nossa atenção para a história, nas partes onde os diálogos se arrastam em demasia.


Desafiante para uns, acessível para outros
Ainda assim, na sua essência, Monster Hunter Wilds é um jogo para matar monstros. Ao longo do tempo a Capcom foi oferecendo aos jogadores um grau de dificuldade considerável, que obrigava os jogadores a dominar as mecânicas do jogo, tornando-o algo complexo, principalmente para jogadores novatos.
Monster Hunter Wilds muda um pouco esse paradigma, através de uma simplificação de mecânicas e até certo de ponto da dificuldade. Não queremos com isto dizer que Monster Hunter Wilds é um jogo básico, muito longe disso, mas comparativamente a títulos passados, é visível a simplificação de processos, tornando-se um jogo bem mais agradável para jogadores mais novatos.

Certamente que alguns jogadores mais antigos poderão não ficar muito agradados com estas alterações, e até certo ponto, baixar de dificuldade que este novo jogo oferece. Pessoalmente não partilhamos dessa mesma opinião, e achamos que estas alterações favorecem o jogador sem afetar o core do que define o franchising Monster Hunter.
Além disso, o end game traz-nos novos desafios e novas caçadas com um maior grau de dificuldade. É importante também mencionar que vamos continuar a receber novo conteúdo como novos monstros ao longo dos próximos meses.

Afiem as armas
Existe um incrível arsenal de armas para escolher. São 14 as possibilidades, sendo possível levar duas para cada caçada.
Existem armas para todos os tipos, combate mais próximo e rápido (ex: Dual Blades), combate mais lento e “pesado” (Long Sword) ou podemos optar por um combate de longo alcance com armas de fogo, como por exemplo a Heavy Bowgun.
Obviamente, os monstros não ficam parados à espera dos nossos ataques, e também eles contam com diversificados ataques. Cada monstro tem as suas características, os seus ataques e fraquezas, e encontra-se num meio ambiente que varia de monstro para monstro, podendo ser um cenário de gelo, floresta, deserto, entre outros.
Tendo isso em conta, é importante garantir que temos o equipamento adequado, ou seja, a armadura ideal para o tipo de inimigo que vamos encontrar. Como qualquer RPG os equipamentos vão evoluindo com o progresso do jogo, mas por vezes é mais importante ter uma build adequada, com estatísticas gerais inferiores, mas que tenha uma maior resistência à principal arma do monstro que vamos enfrentar, como, por exemplo, ter uma build mais resistente a fogo quando vamos defrontar inimigos que têm essa habilidade.
Existem também poções e acessórios que podemos e devemos ter em consideração. Temos a nossa slinger que serve para atirar diferentes tipo de munição ou servir como uma espécie de grappling hook, permitindo-nos apanhar recursos à distância, ou interagir com o meio ambiente e usá-lo a nosso favor nos combates.
Existem outras ferramentas e poções que são essenciais no desenrolar do jogo. Uma das grandes novidades que Monster Hunter Wilds nos oferece é a possibilidade de definir que items que items/poções queremos que sejam criados automaticamente, assim que tivermos os recursos necessários para o fazer.
Foco nas feridas abertas
Uma das mecânicas que foi introduzida em Monster Hunter Wilds foi a existência de feridas nos monstros. Quando conseguimos concentrar os nossos ataques começamos a abrir feridas nos monstros. Estas feridas podem ser exploradas e permitem fazer um maior dano com ataques direcionados a essas feridas (até uma altura onde as feridas desparecem e fazem umas espécie de reset).
Para os menos familiarizados é importante referir que, além de uma barra de vida também temos uma barra de stamina, obrigando-nos a gerir o timing e o tipo de ataque, evitando que o combate se torne uma espécie de button mashing.
Além das armas que podemos usar, contamos também com a ajuda dos nossos colegas de caça, sejam comandadas por IA seja com outros jogadores humanos. Se tivermos com grandes dificuldades podemos sempre recorrer a um SOS Flare que permitirá que outros jogadores se juntem e nos ajudem a combater o monstro que tanto nos está a apoquentar.
Mundo vasto e belo
Monster Hunter Wilds é um open world que nos oferece paisagens e locais visualmente deslumbrantes, cheios de pormenores e detalhes, mais facilmente visíveis quando estamos em zonas de vegetação mais densa. Existem paisagens de vários tipos que nos “obrigam” a parar para apreciar.

As terras proibidas são constituídas por diferentes mapas, e para navegar entre mapas diferentes temos de esperar num pequeníssimo loading screen.
Em termos de desempenho não encontrámos nenhum problema, correndo uma PS5 base. Optámos pelo modo fidelidade (60fps) sem notar quebras significativas ou soluços, mesmo no calor das batalhas, onde muita coisa acontecia em simultâneo.