Embora de cara lavada, MLB The Show 24 não é uma revolução relativamente à entrada anterior, conseguindo, no entanto introduzir algumas novas mecânicas que melhoram em muito alguns dos modos de jogo.
Alguns dos pontos menos conseguidos de MLB The Show 23 foram amplamente melhorados. Uma das nossas grandes queixas focava-se nos menus com uma aparência algo desatualizada e confusos por vezes. Em MLB The Show 24 todos os menus foram redesenhados e têm agora uma aparência bem mais moderna, funcionando intuitivamente e tendo momentos de espetacularidade, principalmente quando abrimos packs.
Outra dos pontos positivos de MLB The Show 24 foi as novidades nos modos Franchise e March to October. Trata-se de um pequeno grande mecanismo, mas que para nós faz toda a diferença.
Jogabilidade
A jogabilidade mantém-se bastante inalterada relativamente a MLB The Show 23. Dependo do modo de jogo podemos optar por qualquer posição de campo, e continuamos a poder selecionar por uma das várias mecânicas disponíveis para cada posição. Uma mecânica que apesar de não ser nova deve ser destacada por oferece uma nova camada de dificuldade ao jogo, bastante apreciada, e facilita a entrada a novos jogadores não tão habituados às mecânicas do jogo, podendo optar por opções mais simplistas.
Uma das grandes novidades deste ano é a introdução das Imapcts Plays que ocorrem quando jogamos à defesa. Tratam-se de quick time events que permitem introduzem uma nova camada de complexidade quando estamos na posição de fielder, pois o sucesso da recepção (catch) e do arremesso da bola irá depender da nossa precisão nos quick time events.
Foram também efetuadas algumas melhorias no arremesso, sendo introduzidas novas animações que permitem um maior realismo e imersão no jogo. Foram também acrescentados dois novos estádios, tendo também sido atualizado o tamanho das bases para ir de encontro as novas regras introduzidas na MLB.
Graficamente falando, e apesar da introdução das novas animações, não existem grandes melhoramentos. Apesar de dentro do campo os gráficos serem competentes, existem algumas situações onde a qualidade já é curta para a geração atual. Isso é muito visível no modo Road To The Show.
Storylines
O ano passado foi introduzido o modo Storylines que contou com a primeira temporada das Negro Leagues of Baseball com uma qualidade visual e histórica muito acima da média, tendo na altura comparado este modo de jogo a uma série da Netflix.
Este ano este modo traz-nos a segunda temporada dos Negro Leagues que contam com a história de quatro jogadores. A narração continua a cargo de Bob Kendrick (presidente do museu de baseball das Negro Leagues) que dá uma vida e emoção em cada uma das histórias/capítulos apresentados, elevando o patamar de qualidade para níveis não muito vistos no mundo dos videojogos.
Cada uma das histórias encontram-se divididas entre vários capítulos onde são contados alguns eventos marcantes na história do jogador em questão, sendo possível recriar alguns momentos via jogabilidade com o objetivo de cumprir determinados objetivos.
O destaque das Storylines deste ano vai para Toni Stone, a primeira mulher a jogar com regularidade numa equipa de basebol profissional. Além da história de Tony Stone, este modo oferece-nos para já a história dos jogadores Hank Aaron, Josh Gibson, Buck Leonard.
Este modo tem, no entanto uma nova adição fora das Negro Leagues. Trata-se de história de Derek Jeter, que conta com a participação do mesmo no seu documentário.
Apesar da ideia ser bastante interessante, esta história não é particularmente cativante, não tendo grandes motivos de interesse, e apresentando um tom bastante diferente dos jogadores das Negro Leagues que tiveram de superar grandes adversidades para chegar onde chegaram.
Road to The Show
Uma das grandes novidades de um dos modos mais populares do jogo é a possibilidade de podermos criar uma personagem feminina que impacta a forma de como este modo decorre.
Outra das novidades foi a inclusão do MLB Draft Combine onde durante 4 dias as nossas aptidões são testadas e avaliadas. Embora uma boa inclusão, o nosso sucesso ou insucesso parece não ter grandes consequências visto podermos escolher qual o clube representar no final do draft.
O painel de comentadores continua presente e adapta-se os eventos vividos pelo nosso personagem, que começa a sua carreira na Minor League Baseball e vai evoluindo os seus atributos e estatísticas até chegar há tão ambicionada Major League Baseball.
Diamond Dynasty
O modo Diamond Dynasty está obviamente de regresso. Com um mecanismo semelhante ao de Ultimate Team do EAFC 24. Este modo continua com a novidade do ano passado onde foram introduzidos as Seasons, sendo que agora existem menos temporadas mas são mais longas.
Construímos as nossas equipas com cartas que adquirimos tentando maximizar o rating dos nossos jogadores/equipa, pondo-os a prova contra outras equipas, seja no modo online ou offline. Continuamos a poder desbloquear cartas lendárias através do cumprimento de objetivos/realização de alguns jogos.
Continua a ser relativamente fácil obter grandes equipas sem recorrer às micro-transações (embora existam). No entanto, no final de cada temporada apenas um número limitado de jogadores pode transitar para a temporada seguinte.
Franchise e March to October
Neste modo pegamos numa das equipas, tentando-a levar ao sucesso. A diferença entre ambos é que no modo March to October apenas jogamos os momentos chave da época.
Foi, no entanto introduzido um novo mecanismo denominado Custom Game Entry e que na nossa perspetiva muda totalmente este modo de jogo. Uma temporada na MLB é extremamente extensa e os jogos bastante compridos e nem a possibilidade de simularmos jogos, seja de forma parcial ou total, ajuda muito, pois muitas vezes a nossa equipa acaba por sair prejudicado no que diz respeito ao resultado final.
A mecânica Custom Game Entry introduz a possibilidade de personalizarmos quando queremos ser chamados a ação. Podemos definir com bastante precisão quais as circunstâncias para jogarmos, em que inning, condições, importância do jogo, etc.
