Let’s Sing 2026 repete a fórmula do seu antecessor, oferecendo a possibilidade de serões altamente divertidos com amigos. No entanto, o modelo de GaaS (game as a service) e as poucas novidades assombram a experiência.
Let’s Sing está de regresso com um novo catálogo de músicas. Se as escolhas são boas ou más é relativo ao gosto de cada pessoa, no entanto, pensamos que existe uma boa diversidade de artistas, mesmo que a sua maioria seja de pop.
No entanto, é de notar que existem algumas faltas de músicas mais recentes nesta listagem.
Ano novo, vida antiga
Let’s Sing 2026 oferece-nos poucas novidades marcantes. Existem vários modos de jogo, onde o destaque vai para o modo clássico, onde um jogador compete com outros, até um máximo de três jogadores adicionais, com o objetivo de ser a voz menos desafinada da sala. Para duetos (ou quartetos) também existe o modo Feat que incentiva a colaboração em detrimento da competição.

Por fim temos o modo Career, desenhado para ser jogado a solo, e que nos oferece uma narrativa com vários desafios, e que funciona melhor do que jogar o modo clássico sozinho.
Existem ainda os modos Local and Main Stage onde recebemos uma pontuação após uma atuação e é confrontada com pontuações de outros jogadores. De referir que o Main Stage está restrito a quem tem o VIP Pass.

Uma das grandes críticas que deve ser feita ao jogo é a falta de objectivos ou recompensas na progressão do nosso personagem. Isto porque cada vez que completamos uma música, ou um modo de jogo somos recompensados com XP que se traduzem em items para o nosso avatar. Não existe um incentivo propriamente dito para fazermos um “grind” ao jogo, como, por exemplo, desbloquear músicas, níveis de dificuldade ou qualquer outra coisa, limitando em muito a longevidade do jogo.
Very Important Pass
O jogo base vem com 35 músicas que farão sempre parte do jogo. É um número que inicialmente parece ser suficiente e vai ao encontro do número de músicas que eram disponibilizadas nos já longínquos Sing Star da antiga PS2. No entanto, será difícil encontrar jogadores que fiquem totalmente convencidos com essa lista de 35 músicas. Os tempos são outros, a diversidade musical é maior, e com o isso o gosto mais variado. Com isto em mente, rapidamente chegamos à conclusão que 35 músicas sabem a pouco.

É aí que o VIP Pass entra e nos “oferece” mais de 180 músicas, por uma módica quantia de 3.99€/mês. Existem, no entanto, bundles de 3 e 12 meses que fazem baixar o preço médio mensal. Ainda assim o valor está lá.
Esta opção de GaaS não é novidade na série, mas parece ter vindo para ficar. Anteriormente ainda era possível comprar pacotes de músicas, opção essa que desapareceu há duas ou três edições atrás.
Existem pontos positivos e negativos neste modelo de negócio. Se fica mais caro ou mais barato do que comprar individualmente as músicas é uma questão difícil de responder e que irá variar consoante o perfil de jogador. Pessoalmente não é um modelo de negócio que gostemos, pois faz com que a lista de jogos possa ser alterado/modificado sem que possamos fazer algo por isso.

No entanto, para situações pontuais, fica mais em conta um jogador pagar o passe de um ou mais meses e usufruir das mais de 180 músicas com amigos. Achamos que este modelo de jogo não favorece quem gosta mesmo de jogar e não se importa de jogar sozinho.
Em compensação o VIP Pass dá/dará acesso a todas as músicas presentes nos passes das edições anteriores, sendo cumulativo com os outros anos, ou seja, podemos usufruir das músicas presentes nos passes do Let’s Sing 2024 e 2025.
De referir que existem três edições do jogo:
- Regular Edition (vem com 1mês de oferta do VIP Pass)
- Gold Edition (vem com 3 meses de VIP Pass + 1 mês de oferta)
- Platinum Edition (vem com 12 meses de VIP Pass + 1 mês de oferta)
Várias maneiras de cantar
Existem várias maneiras para captar a nossa voz . A mais tradicional é a utilização dos microfones originais da Let’s Sing. Existem outros microfones USB que talvez sejam compatíveis, mas não é assegurado que funcionem corretamente. Headsets é outra das opções, mas mais uma vez apenas um leque pequeno e compatível com o jogo.

Por fim existe a aplicação do Let’s Sing que funciona relativamente bem. Podemos usar o nosso telemóvel para cantarmos, por muito que estrague um pouco a experiência e emersão da coisa. Mas na ausência de melhor, é uma mecânica muito bem-vinda.
Como em títulos anteriores, existem vários níveis de dificuldade que variam bastante o nível de tolerância à desafinação (dissonância?). Pessoalmente tivemos de jogar nos níveis mais baixos porque a capacidade vocal não é um dos nossos maiores dons.
Enquanto cantamos somos presentados com os videoclipes das músicas, juntamente com as letras e uma barra com os tons vocais que devíamos tentar seguir.




