final fantasy vii rebirth

Final Fantasy VII Rebirth – Análise

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Release Date
29 Fevereiro, 2024
ESTÚDIO
Square Enix
GÉNERO
JRPG
PLATAFORMAS
Playstation 5

Final Fantasy VII Rebirth é um jogo épico, num mundo grande e cheio de pormenores que nos fazer perder a noção temporal. Aliado a isso contamos com uma banda sonora simplesmente deliciosa que nos faz levantar o volume ainda mais e desfrutar de toda a experiência.

Final Fantasy VII é um marco na história dos videojogos tendo sido lançado no já longínquo ano de 1997, conquistando uma enorme de legião de fãs que sempre olharam para o jogo com um grande sentido de nostalgia.

Avançando para 2015, a Square Enix anunciou um remake do jogo para delírio dos fãs, abrindo também as portas para novos jogadores que não experienciaram o original. Tendo sido lançado em 2020, Final Fantasy VII Remake foi um enorme sucesso, quer em vendas, quer nas críticas recebidas, onde conseguiram manter o core do jogo original, mas mecânicas e gráficos atuais. No entanto, Final Fantasy VII Remake foi apenas o primeiro de três capítulos que constituem a história de Final Fantasy VII. A narrativa foi expandida, assim como o seu mundo, personagens, atividades entre muitas outras coisas.

Assim chegamos a Final Fantasy VII Rebirth, o segundo capítulo de história, e se dúvidas havia se esta segunda instalação iria conseguir recriar a dimensão e o ambiente do jogo original, a resposta é inequivocamente, SIM, arriscamos mesmo a dizer que conseguiram ir além do nosso imaginário.

História

Sem qualquer surpresa, Final Fantasy VII Rebirth começa após os eventos acontecidos no Remake. E caso já não se lembrem do que se passou no jogo anterior, a Square Enix tem um vídeo resumo com os acontecimentos mais marcantes.

final fantasy vii rebirth screenshot sephiroth

Começamos na cidade de Kalm, marcada ainda pelas violentas explosões dos reatores ocorridas no jogo anterior. Somos rapidamente introduzidos para umas primeiras horas de jogabilidade onde experienciamos um flashback em Nibelheim, terra de Cloud, e que nos conta um pouco da história de Sephiroth e o porquê da sua transformação.

Não passado muito tempo, os nossos heróis têm de fugir dos soldados da Shinra que procuram prender os “responsáveis” dos ataques dos reatores, catalogando-os como membros radicais do grupo Avalanche. Após fugir da cidade entramos no primeiro segmento de mundo aberto, onde podemos viajar e explorar os subúrbios de Kalm.

Mal saímos da cidade, Aerith confrontada com a força da natureza comenta que o planeta continua forte apesar de tudo o que lhe é feito, ao qual Red XIII rapidamente à chama a atenção que apesar de assim parecer, o planeta mal se está a aguentar. Esse acaba por ser uma das temáticas principais do jogo, as questões ambientais e o dano que é feito ao planeta em nome da ganância e do lucro.

No universo de Final Fantasy VII extrai-se a “mako” para produzir a energia, sem nunca ter em conta que se está a matar o planeta. É fácil de fazer um paralelismo com o nosso universo“, sendo difícil de não ver os pontos em comum entre os nossos dias de hoje e uma história com quase trinta anos.

final fantasy vii rebirth screenshot bugenhagen

De referir que a história do jogo original foi amplamente expandida, tendo sido introduzidos novas variáveis, linhas narrativas e personagens. O core da história principal tem sofreu ligeiras alterações, necessárias para acomodar as novas linhas narrativas que foram introduzidas neste remake. No entanto, nenhuma das alterações introduzidas altera o fio narrativo original, conseguindo com isso preservar todo o impacto que a história nos traz.

Jogabilidade

A jogabilidade é semelhante ao lançamento anterior. A base de combate mantém-se inalterada, tendo, no entanto sido introduzidos novas mecânicas e novos movimentos.

final fantasy vii rebirth screenshot cloud battle

O combate continua a utilizar a forma introduzida no Remake onde mistura um sistema de combate por turnos com ação em tempo real. Uma combinação perfeita que parece ir buscar o melhor dos dois mundos, tornando os combates dinâmicos e divertidos, mas, ao mesmo tempo, desafiadores e estratégicos. Além disso, cada um dos personagens tem um estilo diferente, sendo possível (e recomendado) ir alternando entre personagens no meio dos combates mais desafiantes.

Em combate podemos usar até três personagens, embora possam existir outras que ficam no background, mas que ainda assim conseguem contribuir para a luta. Podemos constituir as equipas consoante o nosso estilo ou o tipo de inimigo que enfrentamos, podendo combinar os estilos de melee ou range que variam consoante o personagem selecionado. Obviamente que Cloud será a constante em cada equipa que constituímos, deixando apenas espaço para mais duas personagens.

Podemos atar repetidamente o nosso inimigo numa espécie de button mashing. No entanto, isso não é suficiente para os combates mais desafiantes. Temos de contar com o botão de defesa/contra-ataque para minimizar o dano sofrido. Além disso, esta mecânica permite-nos aceder às Synergy Skills que são uma nova mecânica no jogo que quando ativadas permitem que duas personagens façam um ataque combinado infligindo dano ao inimigo. Estes ataques combinados variam consoante as personagens.

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Além disso continuamos a contar com as habilidades e magias que variam entre personagens, sendo que para acedermos a qualquer uma delas precisamos de fazer uma série de ataques com sucesso. Para usarmos as magias necessitamos de ter ATB e de equipar Materia e ir evoluindo-as ao longo do tempo, como Final Fantasy VII Remake.

Existem novos personagens (jogáveis) em relação ao jogo anterior. São eles Red XIII, Yuffie e Cait, cada um com as suas particularidades e estilos de combate, acrescentando uma maior diversidade na constituição do nosso grupo.

Existem ainda mais duas barras de energia: Summon onde invocamos monstros para lutar connosco onde podemos atacar os inimigos consoante o nosso comando (usando ATB) e Limit que é um ataque especial que pode ser usado por cada um dos personagens de forma independente.

Todas as opções e mecânicas de combate por vezes parecem demasiado complexas, principalmente para jogadores não tão habituados a este tipo de andanças. É fácil no meio de tanta informação que é transmitida ao jogador ignorar ou deixar escapar um aspeto que acabará por ser essencial, principalmente nas lutas contra bosses mais desafiantes.

O combate é, no entanto, uma pequena parte do que Final Fantasy VII Rebirth nos oferece. Existe um gigante mundo para explorar, experienciar e desfrutar, cheio de atividades e mini jogos. É verdade que nem todos os mini-jogos partilham o mesmo nível de qualidade e entusiasmo, mas acabam, pois nos oferecer (ainda) mais horas de diversão opcionais.

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Os mapas são grandes, mas contamos felizmente com os Chocobos para nos ajudar a chegar ao nosso destino de uma forma mais rápida. Ao longo do caminho vamos desbloqueando pontos fast travel, como é normal em jogos de mundo aberto.

O jogo está dividido em diversas áreas exploráveis, e em cada área poder-se-á desbloquear um novo Chocobo com novas habilidades, mas que apenas podem ser usadas naquela área do jogo, não sendo transversal a todos os mapas por onde passamos. Estas novas características permitem em grande parte que a jogabilidade nas áreas abertas se torne monótona e repetitiva devido às diferentes mecânicas em cada uma delas.

Existem várias atividades nas zonas abertas que por norma nos devolvem recursos. Podemos encontrar e eliminar inimigos específicos, desbloquear torres, analisar cristais, encontrar pedras. É muita coisa, e algumas destas atividades acabam por ficar monótonas rapidamente. No entanto, é tudo conteúdo opcional, sendo possível ignorar estas atividades.

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Já tínhamos referido um pouco acima a existência de mini jogos onde uns são bem mais interessantes do que outros. Podemos caçar Moogles, combates com circunstâncias especiais, corrida de Chocobos (por tempo), corridas de moto, um jogo semelhante ao Rocket League entre muitos outros. Enfim, são mesmo muitas as opções disponíveis e que demonstram o enorme trabalho que foi feito neste jogo.

No entanto, o mini jogo mais impressionante na nossa opinião é o Queen’s Blood. Um jogo de cartas que nos rouba horas de vida. É quase impossível não pensar em Gwent de The Witcher 3 – Wild Hunt, não porque sejam parecidos, mas porque tem potencial de se tornar um aspirador de horas. O jogo acaba por ser simples de se perceber, mas complexo de se jogar corretamente. Obviamente que a componente sorte tem um peso importante no desfecho de cada jogo, mas uma boa estratégia é essencial para sair vitorioso destes jogos.

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Gráficos e Som

O jogo oferece-nos novamente a hipótese de jogarmos em modo Desempenho onde favorece a frame rate ou no modo qualidade, onde corre a 30fps, mas com uma qualidade 4K.

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No início o jogo tinha alguns problemas no modo performance, principalmente no que diz respeito à qualidade das texturas. No entanto, já foi disponibilizado um patch que parece ter corrigido esses problemas.

Num modo geral, os gráficos são magníficos, com uma qualidade surpreendente principalmente nas áreas abertas, onde a atenção ao detalhe é visível.

A banda sonora do jogo também tem de ser destacada. É incrível a quantidade e qualidade de músicas presentes no jogo. Parece que cada combate tem uma música própria. Impressionante.

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Final Fantasy VII Rebirth
Final Fantasy VII Rebirth é um jogo brilhante que conseguiu expandir e aprimorar as mecânicas introduzidas em Remake. Introduziu ainda novas linhas narrativas sem nunca comprometer o core da história que imortalizou o original.
Positivo
Narrativa
Banda Sonora
Mini-jogos
Novas mecânicas de combate
A melhorar
Demasiadas mecânicas para jogadores menos habituados
10

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