Substituição: Sai FIFA e entra EA Sports FC 24 para o seu lugar. Terá esta substituição um impacto significativo no jogo, ou será que não teve o resultado desejado?
Com o fim do acordo com a FIFA, o simulador de futebol da EA adoptou um novo nome. O rebranding usa o agora denominador comum entre todos os jogos desportivos da EA (EA Sports) tendo sido adicionado o FC (Football Club) e o referente ano. Está assim introduzido o novo e dominante simulador de futebol EA FC 24.
Mas as alterações estão longe de se ficar pelo nome. A EA aproveitou a oportunidade para redesenhar vários aspetos do jogo, com uma grande ênfase nos menus. Todos os menus e respectivas navegações foram refeitos dando um ar mais moderno e em algumas situações, mais intuitivos.
No entanto, estes novos menus estão meio lesionados, e contam com um número de bugs consideráveis. Estas limitações são mais visíveis nos menus do Ultimate Team onde o número de crashes foi considerável durante a análise do jogo, fazendo com que tenhamos de reiniciar o jogo a cada 2-3 jogos, caso se fosse optar por navegar pelos menus dos objetivos ou transferências depois dos jogos. Acreditamos que isto esteja na calha para uma correção muito em breve e relembramos que esta análise foi feita ainda na primeira semana de lançamento do jogo.
Além do aspeto moderno estes menus trouxeram também alguma facilidade e rapidez a chegar a modos de jogo ou opções desejadas. No entanto, nem sempre isso acontece, e existem vários pontos de melhoria a serem feitos nos menus do Ultimate Team, em particular no acesso a algumas opções muito utilizadas (lista de transferências por exemplo) ou na identificação de objetivos cumpridos, sendo necessário ir grupo a grupo ver se temos algum objetivo cumprido.
Jogabilidade a um novo ritmo
Começando pelo core do jogo, a jogabilidade deste ano está… mais lenta. É verdade que esta frase já soa a cliché derivada do facto de todos os anos o jogo “perder” velocidade. Os movimentos parecem mais lentos e os jogadores deslocam-se a menores velocidades. No entanto, ao longo do ano a velocidade tende a aumentar, seja via ‘patches’ ou pelo simples facto dos jogadores ganharem atributos de velocidade cada vez maiores.
Voltando à questão, o jogo conta com a evolução do Hypermotion dando uma maior sensação de realismo. Obviamente que existem sempre situações mais anormais que fazem a exceção, mas de modo geral a física do jogo tem traços mais realistas.
Um dos aspetos onde notámos mais diferença foi na defesa. É mais difícil defender em EA FC 24, principalmente porque os jogadores quando saem da sua posição desequilibram totalmente a equipa. Esta mecânica não é nova, mas está explorada de uma forma mais competente no título deste ano.
Os cortes (tackles) também contam com novas animações e com isto também trazem uma certa aleatoriedade por onde a bola vai parar. Tudo vai depender a posição do jogador que defende, do jogador que tem a bola e a direção do corte. Por vezes gera-se uma série de ressaltos e confusão, que não sendo bonito, acaba por ser realista.
O ataque também foi revisto, e na nossa opinião é mais fácil criar oportunidades. Embora o controlo de bola pareça mais difícil, com a bola a estar mais longe do corpo do jogador quando driblamos, a verdade é que uma simples mudança de direção é suficiente para desequilibrar o defesa adversário.
As introduções na jogabilidade não se resumem ao controle de jogadores. Foram também acrescentados estatísticas no decorrer do jogo que em tempo real dão informação numa pausa de jogo, como, por exemplo, a fatiga dos nossos jogadores ou outros dados relevantes. Além disso, foi acrescentado um pré e pós-jogo que permite uma maior imersão, principalmente quando jogamos os modos carreira.
Os gráficos também foram melhorados, principalmente ao nível das animações faciais.
Outra das novidades é a introdução da perspetiva do árbitro quando fazemos uma falta mais dura merecedora de cartão (ou reprimenda) ficamos com uma visão first person na perspetiva do árbitro.
É também importante referir a importância a introdução dos playstyles em FC 24. Este novo mecanismo substitui os treats que estavam presentes em FIFAs anteriores e basicamente aumentam e melhoram a percentagem de sucesso da ação que estamos a tentar realizar.
Existem os playstyles que referimos anteriormente e existem os playstyles+ que são um melhoramento do anterior.
Modo Carreira continua a receber novidades
Um dos modos mais populares do jogo é o modo carreira. Podemos optar por uma carreira enquanto jogador ou enquanto treinador.
Uma das grandes novidades do modo carreira de treinador foi a introdução de filosofias de jogo. Podemos optar por uma filosofia mais de contra-ataque ou, por outro lado, sermos uma equipa de posse de bola e praticar o tiki taka. Quando criamos o nosso treinador escolhemos qual dos métodos o nosso estilo de jogo mais se adequa (é possível alterar posteriormente).
A nossa filosofia de jogo tem impacto nos jogadores. E para ajudar a implementá-la contamos com uma série de treinadores que podemos contratar e que ajudam os jogadores a evoluir. Infelizmente parece que só é possível contratar treinadores, pois quando tendo que dispensar alguns dos treinadores o jogo bloqueia e é necessário reiniciar o jogo.
O estilo ou filosofia de jogo que escolhemos impacta também a equipa. No modo carreira normalmente o rating final é feito pelo Rating do jogador mais a forma em que o jogador está. A nossa filosofia de jogo impacta alguns jogadores mais que outros. Por exemplo, a filosofia por nós escolhida foi usar jogo flanqueado (extremos). Com isso, os extremos receberam pontos extra na sua forma.
Foram também introduzidas algumas alterações no pré-jogo, existindo um relatório sobre o nosso adversário e uma série de treinos específicos que podemos fazer para combater a tática adversária e que permitem a um ou mais jogadores receberem um playstyle extra durante aquele jogo.
Já no que diz respeito ao modo carreira de jogador, a grande novidade foi a introdução de agentes. Basicamente o nosso personagem tem um agente que possibilita saber o que é necessário fazer para trocarmos de equipa ou renovar o contrato. Trata-se de objetivos que temos de cumprir enquanto jogador, e que nos permite saber com maior exatidão o que é necessário para que determinada equipa tenha interesse no nosso jogador.
No entanto, alguns destes objetivos são um pouco… desajustados. Podemos ganhar a bola de ouro, marcar 100 golos e fazer 200 assistências, e mesmo assim não ser suficiente, pois um dos objetivos é marcar 10 golos de pontapé de bicicleta. A ideia é bastante interessante, mas necessita de ser um pouco aprimorada para uma maior emersão.
Outra das novidades introduzidas neste jogo é as já faladas playstyles. O nosso jogador desbloqueia playstayles consoante o tipo de personalidade que opta ter. O tipo de personalidade é ditada por pontos ganhos dentro e fora de campo através das decisões que tomamos.
Volta e Seasons mais calmos e com menos novidades
Relativamente a estes dois modos pouco ou nada mudou. O modo seasons continua idêntico ao título do ano passado, enquanto o Volta poucas atualizações teve.
Enquanto o modo seasons continua a cumprir o seu propósito de ser uma alternativa mais leve ao Ultimate Team, sem a competitividade e o grind, o modo Volta parece estar a perder cada vez mais o seu espaço. O que pareceu ser uma ideia forte aquando do seu lançamento, este modo está ligado por máquinas tendo o mínimo e indispensável para ir sobrevivendo ano após ano.
A grande novidades se é que podemos chamar isso, além de novos artigos cosméticos, é a introdução do crossplay, com as mecânicas de jogabilidade deste ano (playstyles).
(Pro) Clubs ataca à caça de jogadores
Rebatizado para Clubs, este modo conta também com algumas novidades. Além da introdução do tão desejado crossplay neste modo e de contar com todas as mecânicas de jogabilidade deste ano, o modo Clubs conta com um novo método de classificação.
Um dos problemas deste modo era a falta de longevidade do mesmo. Durante o ano todo o único objetivo do jogo era subir de divisão até chegar a 1.ª divisão (das dez existentes). Em FC 24 o modo Clubs foi dividido em seasons (como em Ultimate Team).
Em cada temporada existirá três fases:
- Fase da Liga – semelhante ao mecanismo presente nas edições anteriores, mas sem relegação, como atualmente acontece no modo Divisions de Ultimate Team. O reset é feito no final de cada temporada.
- Fase de Promoção – onde as equipas lutam para subir de divisão. Trata-se de jogos semelhantes aos da liga, mas com um fator decisivo maior.
- Play-offs do final de temporada – onde os clubes tentam subir e ficar nos melhores lugares do ‘ranking’ mundial.
Existem também novas animações neste modo que podem mudar consoante a importância do jogo ou a exibição de um jogador específico.
Este ano foram acrescentados os fãs ao jogo. Quanto mais jogos e vitórias uma equipa tem, mais fãs vai conquistando, e consequentemente melhorando permite, melhorar o estádio e fazer com que a equipa (IA) jogue melhor.
Ultimate Team, a coroa da EA
E eis que chegamos ao modo mais popular de FIFA 24 EA FC 24. Como é normal, este foi o modo que conta com mais e melhores novidades, com destaque para a introdução do mecanismo Evolution que permite evoluíres um jogador mediante do cumprimento de objetivos.
A inclusão de jogadoras em Ultimate Team é sem dúvida outra dos grandes destaques deste ano. Uma adição que permite uma maior variedade de escolhas, e uma mais ampla diversificação na construção de equipas. O único aspeto menos positivo é a dificuldade em fazer química, pois a liga feminina inglesa, por exemplo, não faz química com a Premier League, sobrando apenas o clube e a nacionalidade da jogadora para o efeito.
Outro das novidades foi a evolução de jogadores. Basicamente podemos evoluir um jogador, tendo um aumento de atributos ou weak foot, ou eventualmente playstyle. Para cada tipo de evolução existe uma série de critérios que devem ser respeitados e que são referente sãos atributos (não pode ter mais de que um overall de X um físico de Y e por aí fora). Se um jogador cumprir os critérios ainda é preciso cumprir determinados objetivos com a carta, que neste momento se resumem a jogar X jogos com o jogador.
Nesta fase do jogo a evolução está limitada a um leque de cartas baixas, não permitindo evoluir uma carta além de um overall de 85. No entanto, estas evoluções renovam a cada temporada, e por isso é expetável existirem critérios mais abrangentes e evoluções mais significativas com o decorrer das temporadas.
Trata-se de uma adição bastante engraçada e que dá um novo layer de interesse ao jogo. Ver qual das cartas queremos evoluir tendo em conta a nossa equipa e estilo de jogo. Demos connosco a visitar várias vezes o site do fut gg para estudar qual o jogador a evoluir.
Este ano foram também removidos as cartas para modificar a posição de um jogador. Um jogador continua a ter posições alternativas, mas não é necessário aplicar qualquer consumível para alterar a posição atual. Basta colocá-lo na posição e o jogo assume a posição alternativa como atual. Uma pequena, mas muito bem-vinda alteração.
Além disso, foi alterado o layout das cartas (discutivelmente para melhor) e conforme indicado acima, um total refazer dos menus que em certos menus acaba por não ser tão user-friendly como em anos anteriores.
